Preços baixos, falências e rótulo de vilão ambiental: a crise do couro no Brasil - Revista Globo Rural
Nunca uma pele bovina crua ou verde valeu tão pouco. Precisamente R$ 0,40 por quilo. Como a pele dos animais recém-abatidos é um estorvo para os frigoríficos, os curtumes acabam pagando menos de US$ 10 por peça que, após processamento de cerca de um mês, será couro vendido por não menos de US$ 150.
Bom negócio? Nem tanto. Enquanto a carne segue dando bom dinheiro aos criadores e exportadores, o segmento de couro atravessa uma crise que se reflete no declínio dos números.
Em 2014, o Brasil embarcou 220 milhões de metros quadrados de couros, o equivalente a 32 milhões de peças, e obteve receita de US$ 3 bilhões. Em 2018, a exportação caiu para 180 milhões de metros quadrados e a receita não passou de US$ 1,4 bilhão.
A crise que nas duas últimas décadas fechou centenas de fábricas de calçados atingiu também a indústria de beneficiamento
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