Bolsonaro, o publisher, e a imprensa
“Você quer o quê? Que eu seja vaselina, politicamente correto?” Com a elegância que lhe é peculiar, Bolsonaro respondia a um repórter se não considerava que a hipótese de seu discurso irônico (agressivo e belicoso, diria eu) não provocava mais tensão no clima de polarização do País. Depois de abusar dos termos escatológicos, que lhe são tão caros na sua forma única de expressar o seu civismo, nosso presidente o aconselhou a votar em outro em 2022, caso considerasse esse estilo incompatível com a Presidência.
O Globo, na sua edição da segunda-feira, 12 de agosto, sob o título Bolsonaro dirige a própria imagem para ser autêntico, abre uma reportagem afirmando que, “sete meses após chegar ao Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro assumiu o controle total da comunicação do governo e tomou para si o papel de decidir os rumos da narrativa da sua gestão”.
É verdade, mas não explicou que o ambiente no qual Bolsonaro vai construir sua narrativa par
Como fazer