'Meu papel profético é botar o dedo na ferida', diz João Silvério Trevisan
SÃO PAULO – João Silvério Trevisan, de 75 anos, quase foi padre. Dos 10 aos 20 anos, estudou num seminário católico e ali aprendeu que os profetas bíblicos eram incapazes de prever o futuro.
— Profeta é quem interpreta o presente, quem bota o dedo na ferida. Não por acaso os profetas eram jogados aos leões — diz Trevisan ao GLOBO, na sala de seu apartamento paulistano. — Tenho tido momentos de depressão grave e uma imensa solidão política. Não é apenas a solidão do homossexual, mas a solidão de quem sofre profundamente com o Brasil e tenta, o tempo todo, entendê-lo. Meu papel profético é botar o dedo na ferida.
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O Senhor te abençoe e te guarde; o Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti, e tenha misericórdia de ti.
(Números 6:24-25)
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