Aristides e a eutanásia – Observador
Foi com pompa e circunstância que Aristides de Sousa Mendes recebeu honras de Panteão Nacional. O ex-Cônsul de Portugal em Bordéus destacou-se pela sua acção humanitária durante a Segunda Guerra Mundial, dando vistos a judeus que, de outra forma, poderiam ter sido exterminados nos campos de concentração nazis. Por este motivo, foi reconhecido, em 1966, pelo Estado de Israel, como “Justo entre as Nações”.
É certo que Sousa Mendes, ao facultar os vistos a quem não se encontrava nas condições previstas para os receber, infringiu as ordens que tinha recebido. Também é sabido que pagou cara essa desobediência: foi demitido da carreira consular. Embora lhe tenha sido facultada uma pensão, a verdade é que era manifestamente insuficiente para garantir a sua sobrevivência, bem como a dos seus 14 filhos. Por isso, para além da humilhação da sua demissão dos quadros da carreira consular do Ministério dos Negócios Estrangeiros, que seu irmão César viria a chefi
Como fazer