Krzysztof Penderecki (1933-2020): lembranças de uma conversa
Em junho de 2006, fui ao Rio de Janeiro para fazer uma entrevista com o compositor alemão Krzysztof Penderecki. Ele estava em meio aos ensaios de um concerto com a Orquestra Petrobras Sinfônica, no Teatro Municipal. Mas escolheu conversar comigo em seu hotel, em Copacabana. À medida em que eu chegava, não conseguia tirar da mente a profusão de guinchos humanos recriada pelas cordas em sua Polimorphia. Era angustiante demais, assim como eram obras suas incluídas nas trilhas de filmes como O Iluminado, de Stanley Kubrick, e O Exorcista, de William Friedkin. Queria começar a conversa por ali. Mas ele me desarmou. Ao chegar no hotel, pediu que eu o acompanhasse até uma mesa que havia reservado para a entrevista. Sentamos e ele me explicou, gentilmente. "Aqui, posso observar com calma a praia."
Penderecki morreu na manhã deste domingo, dia 29, aos 86 anos, após uma longa doença. Escrever sobre ele começa por relembrar que o caminho de sua música costuma seguir uma cronologia relat
Como fazer
O Senhor é a minha força e o meu escudo; nele o meu coração confia, e dele recebo ajuda.
(Salmos 28:7)
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