Uma desilusão amorosa em forma de música: o Concerto n.2 para piano de Liszt
Como todo final de relação, um mix de lembranças, remorsos, ressentimentos e nostalgia certamente pairavam sobre a alma do compositor quando iniciou os esboços deste capolavoro. A obra, revisada algumas vezes, foi definitivamente publicada em 1861. Seu início, espacial e um tanto sem rumo, revela a confusão que se apoderava do coração de Liszt, musicalmente representado por arpejos que se transformam e se alteram sem parar, como em um turbilhão, a cada segundo, e tudo em questão de segundos: lá maior, fá maior, si maior, mi maior, fá sustenido menor (1:45 a 2:30). A entrada agressiva do piano em 2:40 mostra um pouco do conflito, mais do que lirismo, que pairava como resultado dessa relação. Após esse desabafo, a dúvida conflitante retorna (2:55 a 4:00). Um dos momentos mais líricos da obra, em minha opinião, em que alguma lembrança de algum bom momento ocorre - se é que podem ser chamados de bons, dado seu teor melancólico e ressentido - encontra-se entre 11:0
Como fazer
O Senhor é a minha força e o meu escudo; nele o meu coração confia, e dele recebo ajuda.
(Salmos 28:7)
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