Dois bichos graúdos - Estadão
O mesmo Zuenir, em 1977, tentara de tudo, sem êxito, para que Drummond me recebesse. O mesmo fizeram, a meu pedido, Pedro Nava e Fernando Sabino, amigos chegados do poeta. Não funcionou. A reportagem que foi para as bancas – a única que uma publicação não especializada de peso dedicou a Drummond ainda em vida – limitou-se a uma tentativa de desenhar o poeta pelo seu entorno, servindo-se de depoimentos alheios, sem uma só palavra sua, e o telegrama que dele recebi não chegou a me ressarcir da imensa frustração. Apenas mais adiante, Vinicius já falecido, pude estar com o poeta algumas vezes, numa delas para uma entrevista nas páginas vermelhas da IstoÉ.
Mais bem-sucedido fui em 1987, quando ressuscitei o plano de pôr na capa de revista os grandes de meus dias, e fui bater na porta de João Cabral de Melo Neto – que, aliás, estaria chegando aos 100 anos nesta quinta-feira, 9 de janeiro –, num belo e antigo prédio na Praia do Flamengo. Já o tinha entrevistado para
Como fazer
O Senhor é a minha força e o meu escudo; nele o meu coração confia, e dele recebo ajuda.
(Salmos 28:7)
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