Eu te entendo, Lima Duarte | Joaquim Ferreira dos Santos
Eu te entendo, Lima Duarte, e para deixar claro vou repetir aqui o tom da tua mensagem ao Flávio Migliaccio, um chamamento dolorido aos que ainda têm coragem e precisam demonstrá-la neste momento, “quando sentimos o hálito putrefato de 64, o bafio terrível de 68”.
Eu te entendo, pelo menos foi assim que captei a mensagem. Foi como se você chacoalhasse de novo na cara da nação as pulseiras de ouro, aqueles relógios ostentatórios que o Dias Gomes botou no pulso do Sinhozinho Malta - “tô certo ou tô errado?” - e gritasse a necessidade de o país acordar, de todos saírem desse estupor preguiçoso, uma nota de repúdio atrás da outra, e reagir de modo mais efetivo, “porque os que lavam as mãos fazem-no numa bacia de sangue”.
Eu te entendo, Zeca Diabo, e sei muito bem que é preciso ser macho como os de antigamente para fazer o que você fez, colocar a cara na nova janela
Como fazer
O Senhor é a minha força e o meu escudo; nele o meu coração confia, e dele recebo ajuda.
(Salmos 28:7)
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