Colchões, barracas e alguns objetos destruídos por desgaste e pelo tempo foram arrastados pelo rapa da prefeitura na tarde desta segunda-feira (3), sob os trilhos da linha 1-azul do Metrô, na avenida Cruzeiro do Sul, em Santana (zona norte da capital paulista). A Subprefeitura Santana diz cumprir normas.
Restaram homens, mulheres, crianças e idosos que não têm para onde ir e encontram naquilo que a prefeitura chama de entulho um pouco de alívio nas madrugadas geladas do inverno paulistano, em plena pandemia de coronavírus.
O trabalho dos agentes de remoção, escoltados por GCMs (guardas-civis metropolitanos) armados até de espingarda calibre 12, foi flagrado pela reportagem.
Em meio ao que ficou para trás, relatos de um rastro de desesperança entre pessoas que já perderam o emprego ou estão tão endividadas que nem o aluguel de um quarto miserável conseguem pagar.
É o caso do enfermeiro aposentado Edson Monteiro Azeredo, 79 anos, há seis meses em situação de rua. Durante