Algumas cidades têm cara definida: prédios parecidos, uma cor particular. Não é o caso de Moscou. Na capital da Rússia, edifícios de arquitetura bizantina convivem com construções soviéticas e arranha-céus espelhados.
É uma cidade acostumada a se transformar —apenas 5% do que o viajante vê hoje foi construído antes de 1917, segundo a explicação de Nikita Tokarev, diretor da Escola de Arquitetura de Moscou.
“A Moscou contemporânea é um produto do último século”, diz ele. “A destruição era permanente e significativa, assim como novas construções.”
O ritmo de mudanças se acelerou na preparação para a Copa do Mundo do ano passado. No período entre 2011 e 2018, 350 ruas foram renovadas, parques foram criados e estações de metrô começaram a ganhar placas em inglês —até o fim do ano, todas devem ter informações traduzidas.
Com a modernização, Moscou quer receber mais visitas. No ano passado, foram registrados 23,5 milhões de turistas, sendo mais d