Senadores costumam encher a boca para falar das virtudes de sua Casa, em oposição à sempre turbulenta Câmara dos Deputados: local de consensos nacionais e debates, digamos, mais elevados.
Obviamente isso é um despropósito histórico, bastando lembrar dos cruentos embates entre Antônio Carlos Magalhães e Jader Barbalho no ano 2000 e da eleição de Davi Alcolumbre, há meros dois anos.
Em 2019, o senador do DEM-AP que agora passa a cadeira para o sucessor protagonizou uma disputa cheia de animosidades com Renan Calheiros (MDB-AL), cacique da velha guarda da política.
No cargo, Alcolumbre logrou aquilo que seus críticos chamam de paz dos cemitérios. Nome novo, trabalhou inicialmente à sombra do poderoso Rodrigo Maia (DEM-RJ), que comandava a Câmara com mão de ferro.
Aos poucos, enquanto Maia se afastava do Planalto de Jair Bolsonaro (sem partido), ele se aproximou do presidente. Estava presente à "mais longa das noites", talvez o ponto mais tenso do governo até aqui, quando em