"Como não deu para apagar as provas, vamos inventar nulidades.” Assim a procuradora regional da República aposentada Ana Lúcia Amaral, 67, resume a Operação Lava Jato e as revelações do site The Intercept Brasil.
Amaral atuou na Operação Anaconda, que desarticulou em 2003 uma quadrilha que negociava sentenças na Justiça Federal em São Paulo. Ela conhecia alguns personagens da Lava Jato —membros da força-tarefa de Curitiba e alguns dos réus condenados em outras ações.
Aposentada em 2010, ela examinou os autos da Lava Jato, que eram públicos, e assistiu os julgamentos pela televisão.
Nas conversas divulgadas pelo The Intercept Brasil, o então juiz Sergio Moro troca colaborações com Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa.
A procuradora afirma que, pelo teor já publicado, ela não vê nada que comprometa a operação.
“Só se o Ministério Público tivesse tentado interferir na decisão do juiz Sergio Moro, ou se o juiz quisesse colocar ou tirar alguma c