Em 2016, às vésperas do impeachment de Dilma Rousseff (PT), o empresário Joesley Batista jogava em mais de uma posição. Um dia oferecia dinheiro para obter apoio à presidente no Congresso, no outro prometia ajudar seus adversários a financiar uma campanha pela sua deposição nas redes sociais.
Em 2017, dias após começar a negociar um acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República, Joesley procurou um aliado do presidente Michel Temer (MDB) para incentivá-lo a concorrer à reeleição, embora já soubesse que ele seria o alvo principal das suas acusações.
Como a jornalista Raquel Landim mostra ao narrar os dois episódios em "Why Not", um novo livro sobre a trajetória da família Batista, Joesley se moveu na política com a mesma audácia que marcou sua ascensão no mundo dos negócios. Mesmo quando não se sabia de que lado ele estava, era fácil perceber que os interesses das suas empresas estavam sempre acima de tudo.
O livro conta a história da JBS des