Com a bíblia na mão e vários adesivos de louvação a Jesus Cristo colados na parede do seu box, no mercado público de Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, a evangélica Maria Zózima Mendes, 54, tem resposta rápida quando questionada por que vota em Jair Bolsonaro (PSL). “Ele é pela família, irmão. Vai impedir que essa cartilha gay seja distribuída nas escolas”, justifica, com um ar solene de pregação.
Em Jaboatão dos Guararapes, cidade com 31,44% da população formada por evangélicos, Bolsonaro venceu Fernando Haddad (PT) no primeiro turno com 43,14%. O petista ficou com 30,05% dos votos válidos. Das 42 cidades nordestinas em que Bolsonaro conseguiu derrotar Fernando Haddad nas urnas, 14 delas estão entre as 100 mais evangélicas do Nordeste.
O discurso de Maria Zózima é um mantra repetido por evangélicos a cada entrevista. A fonte citada é quase sempre a mesma: grupos de WhatsApp e reunião com pastores. Ao ser questionada onde viu que Haddad iria d