Quando o governo chinês aliviou parte das restrições dos dois meses de quarentena em Wuhan, no final de março, a primeira coisa que Hector Infante fez foi sair para comprar chocolate e correr em volta do quarteirão.
Agora que a cidade onde começou a pandemia de coronavírus no mundo foi reaberta, nesta terça-feira (7, quarta, 8, pelo horário local), ele já sabe o que vai fazer: ir a um lago em um bairro distante, para ver, enfim, outro cenário que não sua própria quadra.
“Eu mereço esticar as pernas, tomar ar, ver outro panorama. Foi uma espera muito impaciente. É meio desesperador ficar em casa sem saber o que vai acontecer, quando vai acabar.”
Professor de inglês em uma escola, o cubano Hector, 28, mudou-se para a China há cinco meses. Mais de dois deles passou dentro de casa, sem sair nem para fazer compras: voluntários de cada prédio se encarregavam de fazer isso pelos outros moradores, e só itens básicos entravam na lista.
A partir do dia 28 de março, o metrô