O traficante de drogas Joaquin Guzmán foi condenado à prisão perpétua nos Estados Unidos. Muita gente comemorou.
Não vejo grande benefício social na sentença, ainda que não prefira que El Chapo esteja livre. O que prefiro, positivamente, é que as drogas sejam legais e que, assim, não surjam "chapos" ou "capones".
Muitas vezes as pessoas criticam "a esquerda" (como se fosse um monólito) por não ser realista e não se basear nas provas para definir leis e políticas públicas.
Certamente há esquerdas e supostas esquerdas – como no México de hoje – que não são amigas dos dados e da ciência. Mas também existem direitas que resistem a abandonar suas preferências públicas mesmo quando contraditadas por análise científicas, em temas como a desigualdade, o sexo, as mulheres e as drogas.
O recente Relatório Mundial sobre Drogas da ONU (Organização das Nações Unidas) pode ser resumido assim: a proibição não funciona, mas as direitas, iliberais ou antiliberais, n