O café da manhã e o almoço estão incluídos, mas não contem com o jantar. O banheiro é fedorento, com chuveiros alagados ao ar livre. Cerca de 3.000 imigrantes, a maioria de Honduras, vivem há mais de uma semana em um acampamento improvisado num centro esportivo de Tijuana, cidade mexicana na fronteira com os EUA.
Barracas de camping ou feitas de cobertor servem de quartos. A vista parece provocação: atravessando a rodovia, está o gigantesco muro que pôs um fim à viagem de quase dois meses da caravana.
A imprensa circula livremente no acampamento. Os imigrantes entram e saem por um acesso separado e precisam mostrar uma pulseira laranja. O clima é de cansaço, espera e tensão. Eles querem refúgio nos EUA, mas a falta de informações gera confusão.
“Dizem que só 10% vão conseguir. E se você pedir refúgio e não ganhar, te mandam de volta a Honduras”, disse uma costureira de 32 anos, que deixou os três filhos para trás. O governo americano estava recebendo a