Levantamento da Folha revelou que as questões de inglês respondem pela maior desvantagem dos alunos da rede pública ante os das escolas privadas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), principal meio de ingresso na educação superior. Trata-se, portanto, de um gerador de desigualdade.
A análise mostra que estudantes de bom desempenho das redes pública e particular têm notas semelhantes, por exemplo, em matemática. O mesmo não se dá, porém, com a língua inglesa.
Quem acompanha o ensino dessa disciplina no país concorda que tanto estabelecimentos públicos como particulares derrapam na tarefa. A diferença fundamental observada no Enem se deve ao aprendizado fora da escola.
São os jovens de famílias mais abonadas, afinal, que em geral têm acesso aos cursos livres de idiomas —sem contar os intercâmbios culturais e outras opções. O conhecimento de inglês é uma forma importante de inserção cultural e social, o que na maior parte dos casos motiva o investimento.
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