Quando o jovem gaúcho de 24 anos foi convocado para lutar contra as tropas nazistas de Adolf Hitler na Segunda Guerra Mundial, ele não lamentou o destino.
Comunista e pintor, Carlos Scliar viu no chamado da Força Expedicionária Brasileira, a FEB, uma oportunidade para lutar por seus ideais.
Um dos nomes mais importantes da arte contemporânea no país, Scliar não deixou de pintar enquanto era artilheiro da FEB —uma força especial criada para a guerra e extinta depois do conflito. Os pracinhas brasileiros derrotaram os nazistas há 75 anos, na chamada batalha de Monte Castello.
Durante o combate, de 1944 a 1945, trocou a variedade de cores das tintas pela praticidade do nanquim sobre papel. Os desenhos eram feitos em intervalos de sua função de cabo na central de tiros, onde analisava mapas para calcular distância e direção de tiros.
Nesse período, Scliar se dedicou a figuras humanas e paisagens da Itália. No seu retorno ao Brasil, depois da vitória dos Aliados, as obras for