O Chile é o país em que vive a maior parte da comunidade palestina fora do mundo árabe —cerca de 800 mil pessoas. A escritora Lina Meruane, 49, é uma das descendentes das famílias que buscaram abrigo na América do Sul frente às perseguições que sofriam no Oriente Médio.
Hoje radicada em Nova York, a ensaísta e escritora já tem uma trajetória com êxito de crítica e de público, com obras como “Contra os Filhos” (Todavia) e “Sangue no Olho” (Cosac & Naify). Esta última a projetou internacionalmente, com o prêmio Sor Juana Inés de la Cruz, da Feira Internacional do Livro de Guadalajara.
Em entrevista à Folha, Meruane contou que a ideia de fazer um livro sobre suas próprias origens já estava de algum modo em seus pensamentos, mas que só se concretizou depois que um taxista palestino, em Nova York, insistiu muito para que ela fizesse as malas e fosse conhecer a Palestina.
O resultado é “Tornar-se Palestina”, obra que a Relicário lança agora no Bras