Os irmãos Gustavo e Alessandra Bortoleti, de Mirandópolis (SP), viveram o calvário da Covid-19 de forma simultânea. Começaram a sentir os primeiros sintomas da doença na última semana de março.
No dia 31 daquele mês, com algumas horas de diferença, o comerciante Gustavo, 44, e a esteticista Alessandra, 45, foram internados no Hospital Regional da cidade. Em 2 de abril, ambos foram para a UTI. No dia 9, Gustavo morreu por volta de 18h. Sua irmã, pouco antes da meia-noite.
A tragédia familiar chocou a cidade no noroeste do estado, a 595 km de São Paulo, e se tornou simbólica do momento crítico vivido por seus 30 mil moradores.
O drama também colocou os holofotes sobre a gestão do prefeito Everton Sodario (PSL), 27, apoiador inconteste do presidente Jair Bolsonaro, que desde o início da pandemia seguiu o receituário pregado pelo governo federal: minimizou a doença, pregou contra o distanciamento social e as restrições ao comércio, atacou a vacina do Butantan e promoveu