Lideranças indígenas de Amambai, em Mato Grosso do Sul, afirmam ter sido criminoso o incêndio que destruiu a casa de reza da aldeia Tekoha Guapo'y, da etnia guarani-kaiowá, no último sábado (2), na cidade a 352 km de Campo Grande.
A aldeia fica próxima (a 134 km) de outra comunidade, também da etnia kaiowá, que viveu recentemente outro episódio policial. Uma menina indígena, de 11 anos, sofreu um estupro coletivo e foi morta ao ser atirada de um penhasco.
O nome guarani-kaiowá ganhou destaque mundial quando uma carta aberta de indígenas foi interpretada como um anúncio de suicídio coletivo, em 2012, em outra aldeia no mesmo estado.
Na aldeia alvo do incêndio de sábado, o cacique Elizeu Guarani diz acreditar que o ato foi motivado por intolerância religiosa. "Vínhamos sofrendo ameaças constantes de pessoas que não respeitam nossas tradições", disse à Folha, por telefone, sem dar maiores detalhes sobre as ameaças sofridas.
Segundo ele, o incêndio ocorreu por volta das