Eunice passava um café na cozinha de casa por volta das 16h quando um projétil de arma de fogo atravessou seu pescoço, próximo à garganta, e se alojou em seu pulmão. "Meu Deus", gritou depois de chegar na sala e antes de tombar do lado de fora da casa, nos braços da filha Rayane, paralisada pelo choque aos 23 anos de idade.
"Fica calma filha, não vou morrer não, eu tenho Jesus no coração", teve tempo de pronunciar. No carro do vizinho já não falava mais, mas conservava a consciência balançando a cabeça. No hospital, os filhos aguardaram uma hora e meia pela notícia dos médicos. Não sangrou tanto por fora porque a hemorragia foi interna.
Eunice Veiga morreu aos 59 anos após ser atingida por uma bala perdida no bairro Amendoeira, em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio de Janeiro. Era sábado (12) e naquela tarde ela conversava no Whatsapp com uma prima que chegou a avisar: "Se abaixa aí, deita aí".
Não era a primeira vez que tinha que mudar de cômodo ou deitar n