Em outros tempos, Mirandópolis, cidade de 29 mil habitantes localizada a 531 km de São Paulo, teve sete alfaiates produzindo paletós e calças para clientes que gostavam de andar alinhados.
A alfaiataria virou coisa rara na cidade, e restou apenas Cláudio Menegatti, 91, um profissional que faz questão de manter sua velha máquina de costura funcionando e que sempre saiu de casa de manhã para trabalhar.
Os clientes são deputados, juízes, promotores, vereadores e outros, que chama de amigos e o procuram para confeccionar calças —sua especialidade— e ajustar ternos comprados prontos.
A rotina de trabalho, no entanto, foi ameaçada pela pandemia do novo coronavírus. Como acontece em todo o país, o comércio baixou as portas em Mirandópolis, e o alfaiate precisou suspender temporariamente as atividades.
A ociosidade o deixou triste, sem ter o que fazer em casa. Até surgir a ideia que agora movimenta o dia a dia dele: produzir máscaras de proteção facial para doação.
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