Na véspera do aniversário de São Paulo, celebra-se em vários bairros um evento que nasceu fora das fronteiras brasileiras, mas que também diz muito sobre a cidade: a festa da Alasita, da comunidade boliviana, dedicada a um deus indígena aimara que representa abundância.
A tradição é comprar miniaturas de casas, carros ou outros bens materiais que a pessoa queira obter ao longo do ano e, ao meio-dia, submetê-las à bênção de um xamã. Na maior das festas organizadas neste ano na capital paulista, esperavam-se 20 mil pessoas.
Se no início e em meados do século 20 imigrantes de países como Itália, Japão e Portugal vieram em grande número e ajudaram a conformar a identidade de São Paulo, o perfil do estrangeiro que mora aqui foi mudando.
Nos últimos 20 anos, os bolivianos têm sido, de longe, a nacionalidade mais comum: quase 57 mil deles se registraram entre 1999 e 2019, segundo um levantamento feito pela Folha com dados da Polícia Federal.
O número corresponde a 20%