“Olê muié rendera/ Olê muié rendá/Tu me ensina a fazer renda/Que eu te ensino a namorá” (“Mulher Rendeira”, xaxado atribuído a Lampião, o rei do cangaço).
Quando se fala em artesanato, muitos pensam no Norte e no Nordeste e num ofício rudimentar, parado no tempo. Mas os tempos mudaram.
“Eu tive uma grande surpresa ao descobrir a riqueza e a criatividade das artesãs aqui mesmo em São Paulo”, diz a jornalista Adélia Borges, 68, mineira de Cássia.
Chamada pelo Sesc para fazer a curadoria de uma exposição nacional sobre o universo têxtil das rendeiras e bordadeiras, logo ela percebeu que não precisaria viajar muito pelo país para encontrar o que procurava.
Na região metropolitana e no interior, a curadora selecionou 20 participantes em coletivos, comunidades e cooperativas de 14 municípios, com farto material para a “EntreMeadas”, exposição que será inaugurada nesta terça-feira (16) no Sesc Vila Mariana.
Ali estão tapetes, roupas, bolsas, esteiras, o