Quem passar pelas históricas margens plácidas do córrego do Ipiranga na zona sul de São Paulo em 2019 tem como paisagem um rio fétido, de cor cinza opaca e alta carga de esgoto —semelhante a dos rios Pinheiros e Tietê.
Mas a Sabesp, vinculada ao governo do Estado de São Paulo, promete que até 2022, o córrego deverá ter outra cara: limpo, sem cheiro e com a possibilidade de presença de peixes e plantas aquáticas. A data da promessa foi fixada para que um novo córrego do Ipiranga seja entregue a tempo das comemorações dos 200 anos da Independência do Brasil. Na mesma época, o governo do Estado promete também entregar o restauro do Museu Paulista, mais conhecido como Museu do Ipiranga, às margens do córrego.
Para cumprir a meta, a Sabesp terá que acelerar rumo à universalização do saneamento em São Paulo. Hoje, São Paulo São Paulo ainda deixa de coletar 13% de seu esgoto e de tratar 39% de todo o material gerado. Esse residual vai para os rios e represas da Gra