Bruna Natalia Barbosa passou a usar medicação controlada para conter o estresse e ansiedade. Desde fevereiro, não consegue dormir sem os remédios.
Ela é uma das 6.054 pessoas que vivem nas áreas demarcadas como em risco pelo plano de salvamento da Vale em Barão de Cocais, cidade 80 km a leste de Belo Horizonte onde fica a mina de Gongo Soco.
Natalia, 23, diz que desde fevereiro precisa recorrer a um agiota para pagar contas de aluguel. Sua lanchonete, ao lado do Fórum da cidade, parou por tempo indeterminado por falta de clientes.
“Há dois anos ia bem, agora não vem mais ninguém aqui. Eu não sei mais o que esperar. Há dois meses eu e meu marido não conseguimos pagar as contas, estão todas acumuladas e eles não me dão solução.”
Além dos remédios, ela faz acompanhamento com psicólogos contratados pela Vale para atender a população. O temor de não conseguir acordar de madrugada e se salvar, caso a barragem venha a romper, viraram constantes.
“Minha filha