Graças a reforma agrária, comunidade produz o próprio cacau no sul da Bahia - 11/02/2021
"A gente considera a vassoura-de-bruxa não como uma praga, mas sim como uma 'santa' vassoura. Nós estamos na terra hoje graças a ela". Essa frase, do agricultor Rubens de Jesus, pode causar arrepios e repulsa para milhares de fazendeiros que perderam suas lavouras de cacau nos anos 90, quando esta devastadora doença causada por um fungo deixou diversas propriedades improdutivas no sul da Bahia. A praga causou inúmeros prejuízos sociais, ambientais e econômicos, além de mais de 150 mil agricultores desempregados naquela que é a principal região produtora de cacau do país desde o século 18, responsável por abastecer as grandes indústrias do setor.
Na primeira metade do século 20, o cacau baiano era extremamente valorizado no mercado internacional, proporcionando décadas de fartura para os coronéis dos arredores, que exportavam toneladas para o exterior todos os anos. Com a doença, descoberta em 1989, o fungo rapidamente se espalhou e o período de abundância foi interrompid
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