Noticiário sobre violência contra a mulher revela machismo 'duradouro' da imprensa
São Paulo – Ainda hoje, a jornalista e escritora Vanessa Rodrigues se incomoda com a forma que o assassinato da auxiliar de serviços hospitalares, Claudia Silva Ferreira, 38 anos, foi noticiado pela mídia. Atingida por um tiro durante uma operação da Polícia Militar em Madureira, zona norte do Rio de Janeiro, Claudia foi jogada no camburão da PM, que a levaria para atendimento médico. Porém, no trajeto até o hospital, a porta traseira do veículo se abriu e seu corpo tombou para fora do carro, ficando preso por uma parte de sua roupa no para-choque. O que fez com que ela fosse arrastada no asfalto da Estrada Intendente Magalhães por 350 metros.
Vítima da violência policial, a auxiliar, mãe de quatro filhos, mulher negra e periférica, até hoje, no entanto, – sete anos após o crime brutal completados neste mês de março –, tem toda a história da violência que sofreu reduzida nas manchetes da mídia “grande” como “morte de mulher arrastada”. Sem qualquer
Como fazer
O Senhor é a minha força e o meu escudo; nele o meu coração confia, e dele recebo ajuda.
(Salmos 28:7)
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