A escolha da norte-americana Elizabeth Bishop (1911-1979) como homenageada da Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP) de 2020 está a gerar controvérsia devido ao apoio manifestado pela escritora ao golpe militar brasileiro de 1964.
“Não compreendo como a FLIP 2020, maior festa literária do Brasil, escolhe Elizabeth Bishop como homenageada-tema. No momento que o Brasil vive, é a mensagem oposta do que seria preciso. Uma poetisa estrangeira que morou no Brasil olhando-o do alto do seu horror às massas, que apoiou com alívio o golpe militar de 1964”, defende a escritora e jornalista portuguesa Alexandra Lucas Coelho na rede social Facebook.
“Não ponho em questão Bishop como poeta, (...) que isso fique muito claro. Mas escolhê-la como figura da maior festa literária do país justamente quando o Brasil mais precisa de afirmar a potência, a beleza, a liberdade dos seus criadores, logo quando os nostálgicos da ditadura, agora no poder, ameaçam a criação diariamente