Com o pronunciamento de hoje (24) à noite, em rede nacional de rádio e televisão, Jair Bolsonaro credenciou-se de vez para entrar no funesto hall de genocidas da história. Diferentemente dos genocidas clássicos, que costumavam mandar matar os inimigos por meio de violência direta ou de inanição, Bolsonaro parece estar inaugurando um novo tipo de genocídio: por desinformação.
Outra diferença é que não há um grupo inimigo a ser exterminado, muito embora o flagrante e inacreditável descaso do presidente com a morte de idosos lembre o programa de extermínio nazista que mirava os “incapazes” como doentes incuráveis, deficientes físicos ou idosos senis.
Se os prognósticos dos pesquisadores e as tendências observadas em países como Itália, Espanha e EUA forem confirmados aqui, teremos um número dantesco de mortos por conta do coronavírus. Boa parte destes deverá ser creditada à postura do presidente da República, que, contra todas as recomendações — inclusiv