Em vigília pela Notre-Dame
Nos últimos treze anos, tive o privilégio de acordar e adormecer à sombra da Catedral de Notre-Dame. Isso porque moro no meio do caminho entre a linha invisível que vai do sótão de Simone de Beauvoir, no número 11 da Rue de la Bûcherie, onde ela morou depois da Segunda Guerra Mundial, e a lateral sul do templo. Seu melhor perfil, aquele com que brinda os visitantes da Margem Esquerda, decora minha vida.
Acreditem se quiser, mas ninguém se acostuma com tamanha beleza. Ela me deslumbra, serena, toda vez que levanto os olhos para me deparar com sua grandeza medieval. De manhã, se estou em casa, eu a cumprimento silenciosamente antes de sair ou ao cruzar o Sena na Pont de l'Archevêché, onde recém-casados do mundo inteiro posam para fotos, vestidos a caráter, quase sempre alheios ao calor infernal, ao céu sombrio ou às temperaturas negativas.
Minha coleção de imagens da Notre-Dame, em todas as estações e com todos os tipos de luz, só se compara às dos meus amigos mais que
Como fazer
O Senhor te abençoe e te guarde; o Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti, e tenha misericórdia de ti.
(Números 6:24-25)
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