Coluna | Um novo animal na floresta
Mourão parece interessado em cativar quem acha Bolsonaro uma demasia
Há um novo animal na selva política do Planalto Central. É um espécime diferenciado. Trata-se de um predador, instalado no topo da cadeia alimentar do universo regressista abancado em Brasília. Enquanto a maioria da fauna bolsonarista se engalfinha, demarcando seu território com urina, em meio a guinchos, berros e zurros, este forasteiro no matagal político pragmaticamente amplia seu espaço, passo a passo. É o general Antônio Hamilton Martins Mourão.
Recém no segundo mês de governo, é de pasmar a desenvoltura do vice de Jair Bolsonaro. Abriu uma clareira na floresta e cavou sua trincheira. Dali contraria, emenda ou torpedeia ideias, projetos ou decisões emanadas de ministros ou do gabinete presidencial. Sobretudo as mais desatinadas.
Foi assim com a transferência da embaixada do Brasil em Israel para Jerusalém e a oferta aos EUA de uma base militar em território nacional.