“Desobediência”: numa comunidade ortodoxa, três personagens e dois amores
Se o chileno Sebastián Lelio fosse instrumentista, eu diria que ele tem ouvido absoluto: em filmes como Gloria (2013), Uma Mulher Fantástica (2017, premiado com o Oscar de produção estrangeira) e agora Desobediência, um quesito no qual Lelio é sempre magistral é a afinação – ele nunca erra uma nota sequer e nunca sai de registro. Cada filme dele é uma peça perfeitamente executada. E o instrumento de Lelio, que ele toca como virtuose, são seus atores: embora as mulheres de seus filmes em geral saiam carregando todas as honras, não deixe de prestar atenção às irretocáveis atuações masculinas. Paulina García brilha em Gloria como a mulher de 58 anos que cai de cabeça numa paixão – mas Sergio Hernández é uma maravilha como o oficial naval aposentado e complicado que é o objeto do seu amor. A atriz transgênero Daniela Vega é uma força da natureza em Uma Mulher Fantástica, no qual não a deixam viver o luto pelo namorado que morreu de r
Como fazer
O Senhor é a minha força e o meu escudo; nele o meu coração confia, e dele recebo ajuda.
(Salmos 28:7)
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