É realista “abolir a prostituição”, como pretende governo espanhol?
Entusiasmado pelo ambiente de conciliação interna no último congresso do Partido Socialista Operário Espanhol, o primeiro-ministro Pedro Suárez assumiu dois compromissos: acabar com a flexibilização das leis trabalhistas aprovada durante o governo anterior, de centro-direita, e “abolir a prostituição que escraviza mulheres em nosso país”.
São duas promessas complicadas. Sobre a primeira, a esquerda tem consenso – mas a economia reclama o direito de divergir. O desemprego na Espanha, um dos mais altos da Europa – quase 16% -, não vai melhorar com o novo engessamento.
A respeito da segunda, não existe consenso. Correntes de esquerda e tendências feministas discordam sobre a melhor maneira de enfrentar uma questão eterna: reconhecer que as mulheres têm autonomia sobre seus corpos, inclusive para vendê-los da forma que quiserem, mesmo quando se expõem a uma profissão de risco, ou criminalizar todo o entorno da atividade, de clientes a int
Como fazer