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Desde o primeiro ano do Ensino Médio, Antonia dos Santos, de 19 anos, faz o Enem como teste para se preparar. Moradora de Mundo Novo, povoado no sertão de Pernambuco, ela pega diariamente um pau-de-arara para chegar até o povoado vizinho de Caruá, a cerca de uma hora, onde fica sua escola. Seu grande sonho é ser professora de literatura.
Com a pandemia, passou a ter aulas online apenas uma vez por semana e viu as chances de ingressar na universidade diminuírem drasticamente. Na sua turma, 25% dos alunos não têm nenhum acesso à internet. Boa parte do restante, como ela, possui apenas o celular e um wi-fi de conexão ruim. Na esperança de convencer o ministro da Educação, Abraham Weintraub, a adiar a prova desse ano, escreveu esta carta.