Amarildo, o ex-professor que faz, por conta, o censo de Igatu desde 1994 - 08/07/2021
Há um lugar no Brasil onde ninguém entra, ninguém sai, morre ou nasce sem ser notado. Lá, o adiamento do censo demográfico do IBGE não faz tanta falta assim.
Sabe-se quem são os nativos, não nativos, todos os aposentados, as crianças, os adultos, os mais novos, os mais velhos. Sabe-se até quem são todas as mulheres nativas de 50 anos em diante com família, solteiras e mães, solteiras e aposentadas. Nada escapa ao único agente recenseador na ativa em terras brasileiras, Amarildo dos Santos, 57, no distrito de Igatu, na Chapada Diamantina (BA).
O povoado da cidade de Andaraí, a 324 km da capital baiana, é recenseado permanentemente desde 1994, quando Amarildo deixou de ser professor e decidiu ocupar o tempo contabilizando as mudanças populacionais de lá. Era uma forma de ele — homem apegado ao método e à repetição, curioso e caçador de informações genéricas — criar uma rotina para si.
Amarildo faz questão de saber de tudo. Em Igatu, de tanto contar gentes
Como fazer
O Senhor é a minha força e o meu escudo; nele o meu coração confia, e dele recebo ajuda.
(Salmos 28:7)
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