O fliperama de Macau - Tribuna do Norte
VICENTE SEREJO
Agora faço como cantava a antiga musa na boca do povo: passei a vida inteira e mais seis meses convencido – por um complexo
de inferioridade, sei lá – que a Macau da canção ‘Bye, bye, Brasil’,
trilha sonora do filme com o mesmo nome, era a da China. Longe
e rica, não a da minha infância, tão íntima, tão simples, tão humana. Não poderia ser aquela, a dos anos cinquenta, a motivação que
inspirou ou muito menos encantou a Chico Buarque de Holanda.
Alguém há de dizer, Senhor Redator, que foi apenas um arranjo diante da necessidade de ritmo, já que não tem rima. Deus protege os de boa-vontade. Estava – para cair no clichê tão gasto – com o
coração posto em sossego, quando os olhos caem na notícia veiculada por Tião Maia, professor, mestre em literatura, confrade da Academia Macauense de Letras e Artes que informava, sem pretensão
nenhuma: aquele fliperama existiu em Macau durante vários anos.
Sem acreditar, telefonei a
Alfredo Neves, da nossa Acad
Como fazer
O Senhor é a minha força e o meu escudo; nele o meu coração confia, e dele recebo ajuda.
(Salmos 28:7)
Bíblia Online