G1 - Hidrelétricas em rio no AP mudam rotina de pescadores; veja relatos

O verso “é um rio do passado”, da música "Tarumã", do compositor amapaense Osmar Júnior, pode ser o resumo de um dos maiores rios da bacia hidrográfica do Amapá, o Araguari. Após ter perdido o fenômeno da pororoca – há anos sem registros -, o curso natural da água que banha Ferreira Gomes, a 137 quilômetros de Macapá, atravessa outro drama: a morte de peixes.

Na orla do município, uma placa mostra a frase “O rio Araguari é o nosso maior patrimônio”. O aviso pede a preservação do lugar, o que para os pescadores é o inverso de tudo o que tem acontecido desde a instalação de duas hidrelétricas, a Ferreira Gomes Energia e Cachoeira Caldeirão.

Rio Araguari tem placa pedindo proteção próximo
a hidrelétrica (Foto: Abinoan Santiago/G1)

Os empreendimentos causaram prejuízos, segundo os pescadores, e afetaram a rotina de quem depende do rio para sobreviver. É o caso de Raimundo Silva, de 51 anos. Ele conta que parou de estudar ainda antes de completar a quart

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