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Feminicídio: Não se nasce mulher, morre-se!

ONDE ESTÁ O FIM?

Nenhuma mulher está a salvo da violência de gênero e nós precisamos falar sobre isso. Se você é ou foi vítima ou, ainda, se conhece uma mulher que passou por um quadro de violência, pode procurar por ajuda ligando para o 180.

A Central de Atendimento à Mulher está disponível 24 horas, todos os dias e em todos os estados do país.

Através de uma ligação gratuita você obtém orientações específicas sobre quais medidas tomar de acordo com o seu caso e pode, ainda, protocolar uma denúncia contra o agressor – tenha ele agredido à você ou à alguém que você conheça.

É possível também acessar a rede de atendimento à mulher disponível online, que busca mapear os serviços de auxílio em cada estado. Ainda que sua atuação não seja a ideal, é um primeiro passo e uma forma acessível de procurar ajuda e proteção.

Traçar um panorama desta violência em nosso país é impossível: além de ser um assunto complexo por si só, com causas diversas, também não podemos assumir que um ou dois estados representem uma região, ou ainda que a capital represente o estado.

Da mesma forma, buscar soluções a curto ou longo prazo não é simples. Por todo Brasil, bate-se na tecla de inserir o tema na educação desde cedo, ressaltando a importância do debate de gênero nas escolas, mas não podemos ser simplistas e acreditar que isso seria o bastante para apagar anos de violência sistemática, institucional, física e simbólica – haja visto que desde janeiro de 2003 a disciplina História e Cultura Afro-brasileira integra o currículo obrigatório de escolas públicas e particulares de ensino fundamental e médio e, ainda assim, o racismo continua visivelmente presente na sociedade e nas instituições brasileiras.

A verdade é que essa reportagem poderia não ter fim nunca. Sandra Elena, Ana Gleide, Benedita, Maria Izabela, Patrícia: mais uma busca rápida, mais cinco vítimas de feminicídio entre tantas que nós nunca sequer saberemos o nome.

Notas: Essa reportagem foi produzida como trabalho de conclusão de curso de Jornalismo e Rádio e Televisão da Faculdade Cásper Líbero, sob a orientação da Prof. Dr. Michelle Prazeres.

Autoria: Catherine Debelak, Letícia Dias e Marina Garcia

Fonte:  feminicidionobrasil.com.br Consultado em 25 de março de 2022, conteúdo sobre a Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.

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