O Uribismo não tem uma doutrina articulada. Entretanto, como uma “ideologia estreita”, é um corpo desarticulado de tópicos ou clichês, simples, mas eficazes, cuja periferia contém elementos como o nacionalismo ou a “ideologia de gênero”, mas cujo núcleo é geralmente estável: um anticomunismo muito elástico ligado à identificação de toda oposição e protesto como uma grave ameaça à “estabilidade institucional”.
Não é de surpreender, portanto, que desde o início de um novo ciclo de protestos em 28 de abril, o Uribismo tenha se esforçado para subsumi-lo sob o título de vandalismo. A maioria dos principais meios de comunicação tem servido como seu megafone. Desta forma, como convém ao seu slogan favorito— “chumbo é o que há, chumbo é o que vem” —coloca as mobilizações do lado da ilegalidade e, consequentemente, legitima seu tratamento como um assunto de ordem pública. A propósito, envolve, na qualidade de marionetista, Gustavo Petro, um dos