O futuro do turismo passa por Mato Grosso do Sul

A diretora-técnica do Sebrae/MS, Sandra Amarilha, destacou a importância da ação para aproximar os empresários sul-mato-grossenses das principais tendências do turismo global - (Foto: Divulgação)

O turista do futuro quer mais do que selfies. Ele quer viver algo único, algo autêntico. Pode até dormir em pousada rústica, desde que o wi-fi funcione e o café da manhã tenha fruta do cerrado. E é exatamente esse tipo de turista que Mato Grosso do Sul quer atrair. Para isso, vai ser preciso inovar — e rápido.

Na última terça-feira (9), em Campo Grande, empreendedores do setor de turismo se reuniram para um mergulho nas tendências globais. Foi o Inspira Mundi – Workshop Pós-Fitur 2025, uma iniciativa do Sebrae/MS, que buscou traduzir o que se viu de mais moderno e estratégico na Fitur Madrid 2025, uma das maiores feiras de turismo do planeta.

O foco era claro: preparar os empresários locais para o mercado internacional, sem esquecer das raízes regionais. Participaram do encontro especialistas que rodaram o mundo mapeando boas práticas e agora trouxeram o aprendizado para o chão pantaneiro. E se o turista lá fora está em busca de experiências personalizadas, tecnologia e sustentabilidade, o trade turístico sul-mato-grossense precisa correr para se adaptar.

Sandra Amarilha, diretora-técnica do Sebrae/MS, explicou que o evento é uma forma de colocar os pequenos negócios do Estado na rota das grandes tendências globais. “É um setor muito importante para a economia do MS, e a maioria das empresas são pequenas. O Inspira Mundi ajuda esses empreendedores a enxergar oportunidades, se fortalecer e crescer”, resume.

Na mesma linha, Bruno Wendling, diretor-presidente da Fundação de Turismo de MS, acredita que eventos como esse ajudam a reduzir a distância entre o interior do Brasil e o mercado internacional. “Muitos dos nossos empresários já atendem turistas estrangeiros, mas ainda falta se posicionar melhor, saber como vender o que temos de melhor. Queremos que eles não apenas recebam bem, mas que passem a representar o Estado lá fora também.”

Sandra Amarilha (Sebrae/MS), Bruno Wendling (Fundtur/MS) e os especialistas Richard Alves, Thiago Akira e Daniel Turbox durante o workshop Inspira Mundi

Conexões, propósito e inteligência artificial - No palco do workshop estavam nomes como Richard Alves, Thiago Akira e Daniel Turbox. Todos com carreiras sólidas no turismo e um olhar afiado sobre inovação. Dividido em três eixos — Gestão e Governança, Marketing e Comunicação, e Inteligência Artificial —, o evento serviu como bússola para os empreendedores locais.

Richard Alves trouxe um retrato realista, mas otimista, do cenário turístico mundial. Mostrou como países africanos, como a África do Sul, têm ocupado espaço no mercado com ações simples, mas eficazes, como a participação ativa em feiras internacionais. “O turismo de natureza está crescendo. Mato Grosso do Sul tem tudo para se destacar, mas precisa transformar esse potencial em produto vendável, com estrutura e estratégia”, alertou.

Thiago Akira reforçou a importância da mudança de mentalidade. Para ele, os empresários de MS já dominam bem o mercado interno, mas falta coragem (e planejamento) para entrar de vez no internacional. “É hora de virar a chave. As feiras internacionais são o palco ideal para mostrar o que temos. O primeiro passo é se ver como parte disso.”

Já Daniel Turbox chamou atenção para o uso da inteligência artificial no turismo. Segundo ele, o Brasil tem capacidade tecnológica, mas ainda engatinha na aplicação dessas ferramentas no setor turístico. “Estamos na vanguarda da inovação, mas precisamos adaptar essas soluções para o nosso jeito de receber, de contar histórias, de encantar.”

Especialistas Richard Alves, Thiago Akira e Daniel Turbox compartilham insights sobre inovação, marketing e tecnologia no turismo

O Pantanal no centro do mundo - Ao fim do workshop, os participantes não saíram apenas com ideias — saíram com ferramentas práticas para aplicar nos seus negócios. Entre os exemplos citados estava o projeto Made in Pantanal, que já leva produtos com identidade regional para vitrines digitais e feiras mundo afora.

A consultora Greice Feliciano, que também participou do encontro, acredita que levar conteúdo internacional para dentro do Estado é essencial. “Nem todo mundo pode ir à Europa para participar de feiras, mas trazer essa experiência pra cá democratiza o conhecimento e empodera os pequenos empresários.”

Segundo dados apresentados no evento, o Made in Pantanal já ajudou mais de 200 empreendedores, gerando aumento de até 21% na renda mensal de quem participou de ações ligadas ao projeto.

Mato Grosso do Sul tem o que o mundo quer: natureza intocada, cultura rica, gastronomia cheia de personalidade e hospitalidade genuína. Agora, com as ferramentas certas, pode também aprender a vender tudo isso com estratégia, inovação e autenticidade. Porque no turismo do futuro, o que se vende não é apenas um lugar — é uma experiência que começa antes da viagem e dura na memória.

Nos siga noVisite A Crítica de Campo Grande para ler a matéria completa.
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