Capital do leite ganha centro para formar próximas gerações de produtores
Ouça este conteúdo
Pensando nas próximas gerações de produtores de leite, a cidade de Castro (PR) deu início à criação de um complexo educacional que deve se tornar referência para a cadeia leiteira. Considerada a capital nacional do alimento, o município de cerca de 73 mil habitantes é responsável pela ordenha anual de mais de 420 milhões de litros do produto, quase 10% de toda a produção paranaense.
O Centro de Excelência em Bovinocultura de Leite – uma iniciativa da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) em parceria com o Sindicato Rural de Castro, a prefeitura da cidade e a cooperativa Castrolanda – será voltado à formação de mais de 500 profissionais para toda a cadeia produtiva do setor, por meio de cursos técnicos e de especialização reconhecidos pelo Ministério da Educação (MEC).
VEJA TAMBÉM:
Com previsão de iniciar as atividades em 2027, o empreendimento receberá investimentos de mais de R$ 35 milhões, com o objetivo de tornar-se um marco na capacitação para o setor lácteo no país. O complexo, com oito blocos, ocupará uma área de 4,3 mil m² em um terreno de quatro hectares.
O lançamento da pedra fundamental da estrutura foi realizado durante a 25.ª edição do Agroleite, evento técnico anual realizado no mês de agosto.
“É a consolidação de uma conquista que foi possível graças a uma união de propósitos em torno dessa cadeia produtiva, que está em 399 municípios paranaenses, gerando emprego, renda e riqueza”, disse o presidente interino do Sistema Faep, Ágide Eduardo Meneguette.
Responsável por cerca de 4,5 bilhões de litros de leite anuais, o Paraná é hoje o segundo maior produtor do país, atrás apenas de Minas Gerais.
A iniciativa faz parte de um projeto do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), entidade vinculada a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), da qual a Faep é integrante. Atualmente, há três centros de excelência em operação no país: de fruticultura, em Juazeiro (BA), bovinocultura de corte, em Campo Grande (MS), e cafeicultura, em Varginha (MG).
“O leite talvez seja a cadeia mais pulverizada, geograficamente, mais dispersa pelos municípios”, destacou o diretor de Inovação e Conhecimento do Senar Nacional, André Sanches.
Castro tem produtividade média de leite quatro vezes superior à média nacional
De acordo com a Faep, Castro tem um rebanho de 53,4 mil vacas ordenhadas, com produção média anual de 8,4 mil litros por animal, quase quatro vezes a média nacional, de 2,2 mil litros.
O desempenho em produtividade no município se aproxima de líderes da pecuária leiteira mundial, como Estados Unidos e Alemanha, e supera o de países como a França e Nova Zelândia.
A produtividade e a qualidade do leite de Castro resultam de um cuidado extremo dos criadores de gado da região, que incluem a separação de vacas no período entre lactações, controle de temperatura nos currais, camas secas e ambientes adequados para animais em pré-parto, por exemplo.
“A gente vê que dá diferença dar um bem-estar para as vacas”, diz Mariele Stockler, produtora da Fazenda São Sebastião, premiada pela Associação Paranaense dos Criadores da Raça Holandesa (APCBRH) por apresentar o melhor Índice de Transição de Vacas (TCI), que avalia a saúde das vacas recém-paridas e o desempenho de rebanhos leiteiros.
VEJA TAMBÉM:
Evento reuniu 360 expositores do setor e movimentou quase R$ 1 bilhão
A edição deste ano do Agroleite reuniu 360 expositores de todos os segmentos da cadeia leiteira, como nutrição, saúde e bem-estar animal, ordenha, genética, laticínios, refrigeração, embalagens, máquinas e implementos agrícolas, instituições financeiras, associações de produtores, entre outros.
De acordo com os organizadores, o evento movimentou quase R$ 1 bilhão em vendas e contratos firmados entre as empresas participantes.
A empresa de saúde animal Elanco lançou oficialmente uma nova solução injetável para controle da mastite durante o chamado período seco da vaca, quando o animal não está em período de lactação.
A inflamação na glândula mamária é o principal desafio na sanidade da bovinocultura de leite do ponto de vista econômico. Entre os impactos associados à doença, pode-se considerar um custo médio de quase US$ 500, ou R$ 2,7 mil, para cada caso, em razão do custo com tratamento, da redução na produção, da necessidade de descarte de leite e da mortalidade de animais.
Matheus Lopes, médico-veterinário e consultor técnico de ruminantes para a cadeia leiteira da Elanco, explica que há fazendas que chegam a relatar em torno de 15% a 20% de casos de mastite clínica por ano.
A edição de 2025 do Agroleite contou com uma ala para expositores internacionais na lateral do pavilhão de animais, com a participação das empresas chinesas Beijing Yahe Nutritive e Forever Green, a italiana Bovimix, a holandesa Schils, além do Departamento de Agricultura e Comércio de Wisconsin, nos Estados Unidos, e a Embaixada dos Países Baixos. Ao todo, 163 mil pessoas passaram pelo evento ao longo de quatro dias.
*O jornalista viajou a convite da Elanco Saúde Animal
Deixe sua opinião
Encontrou algo errado na matéria?
Comunique erros
Use este espaço apenas para a comunicação de erros
Seu nomeSeu emailSua MensagemMáximo de 700 caracteres.0/700Li e concordo com os Termos de Uso e Política de Privacidade da Gazeta do Povo.
Aceito que meu nome seja creditado em possíveis erratas.
EnviarVisite Gazeta do Povo para ler a matéria completa.Últimas Buscas
- » lilinha rios
- » dona lilinha
- » lilinha
- » costa rica ms agosto de 2025
- » campeoes da areia
- » muniz ferreira
- » fauna
- » oftalmo clinica
- » brazil potash
- » setor portuario: mpor anuncia r$ 4,72 bi em invest...
- » jaguaquara
- » irai aparecida cacon andriotti
- » ceclam formatura
- » mapa viario de passos
- » pousada em querencia mt
- » remições do rio negro
- » emprego em osvaldo cruz sp
- » macaubas
- » ultimas noticias valparaiso sp
- » video irmao
Como fazer
Espera no Senhor, sê forte, e fortifique-se o teu coração; espera, pois, no Senhor.
(Salmos 27:14)
Bíblia Online