The Cavern Club São Paulo: os bastidores e a programação da casa de shows

Modelo 3D da casa de shows: espaço temático na Vila Olímpia (The Cavern Club São Paulo/Divulgação)

De Liverpool diretamente para a capital paulista: nova casa de shows da cidade, o The Cavern Club São Paulo será inaugurado no sábado (15), com show de Paulo Ricardo. É nada menos que a filial do endereço que fica a mais de 9 000 quilômetros de distância, na Inglaterra, e que goza de eterno prestígio por ter sido o palco que revelou os Beatles no início dos anos 60.

O entorno não poderia ser mais diferente. Em vez de entrar por uma rua badalada no centro da cidade, o público acessa a unidade brasileira pelo terceiro andar do Shopping Vila Olímpia, na Zona Sul. “Uma área bem localizada, com segurança, estacionamento à vontade. Prezamos pela praticidade”, explica Branco Gualberto, diretor artístico do Grupo Tacatinta, holding à frente da empreitada.

O interior da casa de shows: espaço no Shopping Vila Olímpia (The Cavern Club São Paulo/Divulgação)

O ambiente de 1 100 metros quadrados, que antes abrigava uma livraria Saraiva, passou por reforma a partir de julho para tentar transportar o charme britânico. “Trazemos toda a essência dos tijolinhos, os arcos, mas com um espaço maior”, diz o empresário.

A programação musical vai de quinta a domingo, às 20h ou 22h30, ocasionalmente com sessões duplas — dinâmica semelhante à do Blue Note, no Conjunto Nacional. Em dias de show, o espaço para 560 pessoas funcionará até 1h30. O local ainda conta com restaurante e um “Hall of Fame”, área com homenagens a artistas ingleses.

É a primeira unidade construída como uma filial oficial da casa — Buenos Aires abriga um endereço desde 1998, mas que só foi licenciado recentemente. “O Brasil é um dos nossos maiores mercados. Se for bem-sucedido em São Paulo, podemos ter outras unidades pelo país”, garante Jon Keats, diretor de operações da casa em Liverpool. Mas a ideia não é uma expansão sem freios. “Estamos em conversas com China, Indonésia e Peru. Mas não somos o McDonald’s, queremos algo personalizado, com parceiros que entendem a marca. Todo lugar inaugurado com a nossa benção será especial e autêntico”, afirma.

George Harrison, Pete Best, John Lennon e Paul McCartney: show no Cavern Club em 1961 (DEDOC/Divulgação)

Aberto em janeiro de 1957 com foco no jazz, o The Cavern Club recebeu naquele final de década alguns shows do grupo The Quarrymen, que tinha John Lennon entre os integrantes, e depois Paul McCartney e George Harrison. Em fevereiro de 1961, os Beatles fizeram seu primeiro show ali, ainda sem Ringo Starr, que substituiu Pete Best nas baquetas no ano seguinte.

Até agosto de 1963, o quarteto fez 292 apresentações na casa. “Desde então, todos querem tocar aqui. O Cavern é uma atração turística, mas também um local ativo de música. Não somos um museu. É o que mantém o lugar vivo”, diz Jon.

Os primeiros meses de programação já estão anunciados e indicam uma curadoria focada no rock, mas não só, como demonstram atrações como Beto Guedes e Kleiton & Kledir. Um destaque é o show Call The Police, que reúne nos dias 5 e 6 de março o baterista João Barone, o baixista Rodrigo Santos e o guitarrista Andy Summers, do The Police. “Vamos receber jazz, MPB, choro. E, como foi em Liverpool, vamos abrir espaço para novas bandas, em parceria com a School of Rock”, adianta Branco.

O guitarrista Andy Summers, do The Police: show no The Cavern Club São Paulo (Whoisjohngalt/Wikipedia Commons/Divulgação)

O restaurante será operado pelo grupo Fábrica dos Bares, e o cardápio terá drinques temáticos e pratos como o fish and chips. “A proposta é ser um espaço onde o artista faça um show que ele não faria em outro lugar. É a essência do AeroAnta, algo que não existe mais na cidade”, completa Branco, citando o endereço que ocupou o Largo da Batata entre 1987 e 1996. A bênção de um dos templos da música já é um convite para, pelo menos, conhecer essa novidade.

Confira a programação completa do The Cavern Club São Paulo

2025

› 15/11 Paulo Ricardo

› 19/11 Earth, Wind & Fire Tribute

› 20/11 Zero

› 21/11 Leo Jaime

› 22 e 27/11 e 5/12 Hey Jude

› 28/11 Pop 3

› 29/11 Luiz Carlini & Banda Tutti Frutti

› 4/12 Leo Gandelman

› 6/12 Dado Villa Lobos

› 11/12 Kisser Clan

› 11/12 Cali

› 12/12 Kiko Zambianchi

› 13/12 Virginie Boutaud

› 19/12 Beto Guedes

› 20/12 Titãs

2026

› 16/1 André Frateschi

› 17/1 Kleiton & Kledir

› 30/1 Blitz

› 5 e 6/3 Andy Summers, João Barone e Rodrigo Santos

Publicado em VEJA São Paulo de 7 de novembro de 2025, edição nº 2969

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