Estância (SE): festejos juninos arretado de bom
Estância, cidade localizada a poucos 66km da capital, Aracaju, é considerada a Capital Nacional do Barco de Fogo, Berço da Imprensa Sergipana, cidade cultural e musical. O traçado urbano proporciona ao visitante sobrados datados do século XVIII cobertos por azulejos portugueses, além de uma ruinas de vila operária e o fabrico dos tradicionais fogos de artifícios, principalmente o sergipaníssimo barco de fogo, patrimônio imaterial e cultural de Sergipe.
É nesta temporada do ano que a cidade recebe mais visitantes em busca de suas tradições, festejos e gastronomia. É em Estância também que os festejos juninos duram mais de 30 dias, iluminado pelos fogos de artifício, no compasso das quadrilhas juninas, das batucadas e dos shows musicais.
Casarios coloniais e azulejos portuguesesCasinhas multicoloridas recebem os visitantes e bandeirolas cobrem as ruas da cidade para receber bem os turistas. Falar de São João de Estância é, musicalmente, documentar as letras e cores de Jorge Maravilha e a batucada do Seu Bebeço (José Domingos dos Santos). É percorrer as ruas do bairro Porto D’Areia e pedir a passagem aos filhos ilustres da comunidade remanescente de quilombo, Raimundo Souza Dantas (1923 – 2002), primeiro desembargador negro do Brasil, embaixador do Brasil em Gana e na Argentina; e Mestre Paulo dos Anjos, importante capoeirista que construiu a história do movimento em Salvador e São Paulo. É adentrar nas tradições seculares de Estância, Cidade Berço da Imprensa Sergipana com seu jornal Recopilador Sergipano.
Barco de fogo ilumina as noites. Foto: Márcio GarcezO município ganhou esse nome ainda em tempo de povoamento, no século XVII, quando os seus primeiros colonizadores, principalmente o mexicano Pedro Homem da Costa, a denominava de Estância por conta da quantidade de propriedade de criação de gado e os seus ocupantes chamados de estancieiros.
Não é por menos que a catedral de Estância é devota a Nossa Senhora de Guadalupe, santa bastante apreciada pelos mexicanos. Situada no Paço Municipal, entre vários casarios colônias da praça Barão do Rio Branco, a Igreja Matriz é uma obra do século XVIII, edificada em arenito, cal e grossos tijolos, com marcante presença do estilo jesuítico. No teto da capela-mor há painel representativo da Santíssima Trindade, atribuído ao artista plástico João Pequeno.
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Pólvora, limalha e cachaça
Guerra de Espadas. Foto: Márcio GarcezEm temporada de junho, o patrimônio histórico da cidade é palco das tradições juninas e referencia seu principal símbolo: o barco de fogo, fotografado, amado e documentado como Patrimônio Imaterial de Sergipe desde 2013.
Um barco decorado com bandeirinhas e coloridas estampas percorre um fio de aço, e pela força de espadas de fogo, é tracionado até chegar ao final. Ao percorrer determinado percurso, os fogos de artifícios colocados no artefato promovem a tração inversa, fazendo com que o barco retorne.
O fabrico é, principalmente, realizado por fogueteiros do bairro Porto da Areia, que também mantém a tradição do pisa-pólvora para a confecção de espadas, pitus, entre outros fogos de artifícios.
“Começamos a fabricar em novembro e já chegamos a produzir mais de 2 mil dúzias de espadas”, conta o fogueteiro Paulo Matocelle, sem deixar de pisar o barro que ocupará parte da bitola do bambu, juntamente com pólvora, limalha e cachaça. Isso mesmo, os fogueteiros utilizam a “branquinha” para selar a pólvora e o barro que comporá as espadas.
O fabrico dos artefatos de fogo é tradição no bairro e movimenta a economia local nesta temporada do ano. Um barco de fogo chega a ser vendido por mais de R$ 700 reais e a tradição manda ir e vir. “Se o barco de fogo não voltar, pode voltar que devolvemos o dinheiro”, afirma Matocelle.
Nas noites de festejos juninos de Estância também há os acordes da Lira Carlos Gomes, instituição musical não governamental fundada em 1879, ou seja, 138 anos de fundação. A Lira funciona no antigo casarão de Gilberto Amado, primo de Jorge Amado e personalidade ilustre do mundo jurídico sergipano.
Melhor conhecer Estância nesta temporada do ano, quando a musicalidade dos grupos folclóricos ganham às ruas e o brilho dos fogos de artifícios iluminam as noites, no compaço do triângulo, da zabumba e da sanfona. Estância é pura sergipanidade.
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