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Quem é Eduardo Leite: biografia, carreira e trajetória política do governador do RS

Confira curiosidades pessoais e informações sobre a trajetória política de Eduardo Leite, 41º governador do Rio Grande do Sul

Governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite durante entrevista após encontro com presidente Luiz Inácio Lula da Silva. – Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Eduardo Figueiredo Cavalheiro Leite, conhecido por Eduardo Leite, é o atual governador do Estado do Rio Grande do Sul.

Eduardo Leite nasceu em 10 de março de 1985 e é natural de Pelotas, quarta cidade mais populosa do Rio Grande do Sul. É filiado ao PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira), e iniciou carreira formal na política como vereador pelo município de nascimento em 2008.

Atualmente vive no Palácio Piratini, no Centro Histórico de Porto Alegre, local que é sede do Poder Executivo do Rio Grande do Sul.

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Antecedentes e vida pessoal

Eduardo Leite é filho de dois educadores: José Luis Marasco Cavalheiro Leite, professor aposentado da UFPel (Universidade Federal de Pelotas) e da Universidade Católica de Pelotas; e de Rosa Eliana de Figueiredo, também professora aposentada da UFPel.

Já afirmou ser “cristão com educação católica” e é o primeiro governador brasileiro a se assumir publicamente homossexual, o que ocorreu em entrevista com o jornalista Pedro Bial em julho de 2021. Se relaciona com o médico pediatra Thalis Bolzan, com quem assinou uma união estável em setembro de 2023. A declaração aconteceu em 2021, mas Leite é alvo de comentários homofóbicos desde 2012, época em que era candidato a prefeito da cidade de Pelotas.

Thalis Bolzan e Eduardo Leite – Foto: Reprodução/Instagram

Educação

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, é formado em Direito pela UFPel, onde cursou o bacharelado entre 2002 e 2007. No entanto, não há registro de inscrição de Leite na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).

Em entrevistas e em seus perfis oficiais, o governador afirma ter estudado Políticas Públicas na Universidade de Columbia, em Nova Iorque, por seis meses. Entretanto, o vínculo com a instituição norte-americana ocorreu na condição de visiting scholar (pesquisador associado), o que não configura matrícula formal nem titulação acadêmica concedida pela universidade.

Antes da graduação, Leite estudou no Colégio São José de Pelotas, onde ingressou a partir do 6º ano do Ensino Fundamental 2. Durante o período escolar, vivenciou sua primeira experiência eleitoral, concorrendo à presidência do Grêmio Estudantil. A chapa liderada por ele foi eleita em segundo turno pela comunidade escolar.

Trajetória política de Eduardo Leite

Filiado ao PSDB desde 2001, o político já ocupou cargos de vereador, prefeito e governador, e segue à frente do Executivo estadual. Declarou mais de uma vez ter interesse na Presidência da República — atualmente avalia a filiação no PSD (Partido Social Democrático), partido fundado por Gilberto Kassab.

Em 2018, Leite declarou apoio a Jair Bolsonaro no segundo turno das eleições, mas se mostrou arrependido três anos depois da declaração de voto. Em julho de 2021, durante o período de prévias para escolher o candidato a presidente do PSDB, disse em coletiva de imprensa que passou a enxergar a atitude como um “erro”.

Com sua reeleição para governador no período 2023-2026, Eduardo Leite foi eleito o 15º Presidente Nacional do PSDB, em mandato de janeiro a novembro de 2023. Em setembro do ano vigente, o partido recebeu uma decisão judicial do TJDFT (Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios), que determinou a realização de novas eleições em até 30 dias para eleger a nova comissão executiva do partido — o presidente eleito foi Marconi Perillo, ex-governador de Goiás.

Eduardo Leite já declarou que acredita ser positivo debater o fim da reeleição e criticou o instituto da reeleição, obra da gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso — que também é um dos fundadores do PSDB. Apesar de ter sido reeleito governador do Estado, Leite defende que apenas se candidatou novamente devido a sua renúncia no primeiro mandato.

Governador

Eduardo Leite foi eleito governador do Rio Grande do Sul em 2018 com 53,62% dos votos — foram 3.128.317 votos em um segundo turno contra José Ivo Sartori (MDB), que levou 2.705.601 votos (46,38%) no embate. O político renunciou ao cargo em março de 2022, no último ano do primeiro mandato, com a posição sendo ocupada pelo vice-presidente Ranolfo Vieira Júnior (PSDB).

No ano seguinte, foi reeleito em segundo turno em chapa composta com Gabriel Souza (MDB) como vice-presidente. O primeiro turno foi acirrado, já que além de Onyx Lorenzoni (PL) ter conseguido mais votos na primeira etapa das eleições, Leite conseguiu apenas 2.441 votos de diferença de Edegar Pretto (PT), que levou o terceiro lugar na corrida presidencial. Com 100% das urnas apuradas, Leite conquistou 57,12% (3.687.126) dos votos, contra 42,88% (2.767.786) de Lorenzoni.

Eduardo Leite foi o governador eleito mais jovem do Brasil e o primeiro governador a ser reeleito pelo Estado do Rio Grande do Sul, em duas campanhas marcadas por comentários de teor homofóbico do lado adversário.

Prefeito

Eduardo Leite foi eleito prefeito de Pelotas (RS) para o mandato de 2013 a 2016, com 110.823 votos no segundo turno, o equivalente a 57,15% dos votos válidos. Fernando Marroni (PT), seu adversário, recebeu 83.079 votos (42,85%).

Vereador

Para a Câmara de Vereadores do município de Pelotas (RS), Leite foi eleito aos 24 anos para o mandato 2009 a 2012, com 4.095 votos.

Dados relevantes

Destaques do governo de Eduardo Leite

Ao longo dos dois mandatos como governador, Eduardo Leite tem participado de uma série de painéis, discussões, debates, seminários e congressos voltados à gestão eficiente, educação, modernização e inovação. Em pesquisa Genial/Quaest divulgada em fevereiro deste ano, a gestão de Leite foi aprovada por 62% dos gaúchos, com margem de erro de três pontos percentuais.

Sob seu governo, o Rio Grande do Sul ganhou destaque na publicação “Ciência e pseudociência durante a pandemia de Covid-19: o papel dos ‘intermediários do conhecimento’ nas políticas dos governos estaduais no Brasil”, lançada pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) em 2021. O relatório destaca como o comitê de enfrentamento à Covid-19 teve uma forte incorporação de evidências científicas para combater a doença durante o período pandêmico.

Entretanto, o governo de Leite também é alvo de diversas críticas. Com a cheia histórica que atingiu o Rio Grande do Sul em 2024, Eduardo Leite foi duramente criticado por não ter priorizado a prevenção de desastres, com quedas agressivas no investimento na Defesa Civil em 2023 e 2024. Também foi verificado que seu plano de governo para as eleições de 2022 não abordou tópicos voltados à adaptação climática.

Críticas também envolvem pouca atenção a temáticas LGBTQIA+

Apesar de ser publicamente homossexual, pautas voltadas à população LGBTQIA+ são pouco abordadas pelo governador, o que lhe torna constantemente alvo de críticas.

Em julho de 2023, Leite acionou o Ministério Público contra o ex-deputado Jean Wyllys. Na ocasião, o governador declarou que manteria as escolas cívico-militares no Rio Grande do Sul apesar do encerramento do Pecim (Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Wyllys criticou a decisão de Leite, dizendo que “gays com homofobia internalizada em geral desenvolvem libido e fetiches em relação ao autoritarismo e aos uniformes”.

Um ano depois, em julho de 2024, o governador sancionou a Lei Vini Jr., que interrompe partidas em casos de racismo e homofobia. “Igualdade” e “respeito” foram temas mais abordados por Leite em agendas, decretos e atividades que envolvem religião, como a assinatura do decreto que instituiu o Congresso do Fórum de Convivência Inter-Religiosa do Rio Grande do Sul em dezembro de 2023.

O governador Eduardo Leite sancionou a Lei Vini Jr., que interrompe partidas em casos de racismo e homofobia – Foto: Débora Fogliatto/Assembleia Legislativa do RS/DivulgaçãoLeia mais Brasil Eduardo Leite PSDB Rio Grande do SulVisite ND Mais para ler a matéria completa.

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