Carolina Sott Florianópolis

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Enviar no WhatsApp Seguir Receba as principais notícias no WhatsApp Mais de 160 mil estudantes podem renegociar dívidas do Fies e reduzir significativamente os juros e multasFoto: Divulgação/ND

Mais de 160 mil estudantes com dívidas do Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) já podem renegociar seus contratos firmados a partir de 2018. A medida, anunciada pelo MEC (Ministério da Educação) nesta terça-feira (4), tem como objetivo facilitar a regularização das dívidas e oferecer condições de pagamento mais acessíveis.

O prazo para aderir ao acordo vai até 31 de dezembro de 2026, e todo o processo será feito de forma digital, pelo aplicativo Fies Caixa ou pelo site da Caixa Econômica Federal.

Quem pode negociar dívidas do Fies?

A renegociação deve beneficiar estudantes com parcelas em atraso, que somam aproximadamente R$ 1,8 bilhão em saldo devedor. Para participar, é necessário ter contrato do Fies assinado a partir de 2018, estar na fase de amortização (já ter concluído o curso e iniciado o pagamento) e ter pagamentos atrasados há mais de 90 dias a partir de 31 de julho de 2025.

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O novo modelo permite parcelar a dívida em até 180 vezes (15 anos), com perdão de 100% dos juros e multas, reduzindo significativamente o valor total. A parcela mínima será de R$ 200, exceto nos casos em que o saldo devedor seja menor.

A formalização da renegociação será feita por meio de um termo aditivo ao contrato original. Vale destacar que o acordo não inclui valores de coparticipação com instituições de ensino, seguros prestamistas ou tarifas bancárias, que devem ser negociados diretamente com as instituições, segundo a Resolução nº 64/2025.

O que é o Fies?

O Fies é um programa do MEC criado em 2001 com o objetivo de financiar estudantes de cursos de graduação em instituições privadas com avaliação positiva no Sinaes (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior).

Desde 2018, o programa oferece juros zero a quem mais precisa e possibilita diferentes escalas de financiamento de acordo com a renda familiar. Podem se inscrever candidatos que participaram do Enem a partir de 2010, obtendo média mínima de 450 pontos e nota acima de zero na redação, além de renda familiar mensal bruta de até três salários mínimos por pessoa.

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