Tarcísio leiloa concessão da Nova Raposo com valor mínimo de R$ 4,6 mi
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Google News - MetrópolesDivulgação/Governo de SP 1 de 1 Imagem colorida da rodovia Raposo Tavares - Foto: Divulgação/Governo de SPSão Paulo — O leilão de concessão de 92 quilômetros da Rodovia Raposo Tavares acontece na tarde desta quinta-feira (28/11), na sede da Bolsa de Valores, no centro de São Paulo. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) acompanha o certame, que é o quinto realizado entre outubro e novembro deste ano e encerra a maratona de leilões promovida pelo governo de São Paulo.
O leilão recebeu quatro propostas, segundo o governo estadual, e teve valor mínimo fixado em R$ 4,6 milhões. A previsão do governo é de que, com a concessão, sejam investidos ao menos R$ 7,9 bilhões.
A empresa que vencer o edital deverá investir, ao longo de 30 anos, em duplicações, implantação de faixas adicionais; vias marginais; novos dispositivos; adequação de obras de artes especiais; novas passarelas; e pontos de ônibus.
Na última segunda-feira (25/11), a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) cancelou a audiência pública que faria para discutir a concessão da Nova Raposo. A audiência seria às 17h na própria Alesp e foi cancelada porque os dois convidados, o secretário Rafael Benini (Parcerias e Investimentos) e o diretor da Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artestp), André Insper, alegaram “compromissos institucionais previamente agendados”.
A iniciativa privada vai ligar zona oeste da cidade de São Paulo à região metropolitana, passando por 10 municípios: Araçariguama, Barueri, Cotia, Itapevi, Jandira, Osasco, Santana de Parnaíba, São Paulo, Itapecerica da Serra e Embu das Artes.
O edital ainda prevê um novo pedágio na altura do quilômetro 11 da Raposo, região do bairro Butantã, e a construção de pistas marginais e obras para reduzir acidentes.
É prevista a construção de 50 quilômetros de pistas marginais ao longo do trecho urbano da Raposo Tavares e de 20 quilômetros de quartas faixas para ampliar a capacidade do tráfego. Além disso, será construído um túnel na chegada de São Paulo até a Marginal Pinheiros, com três viadutos para desafogar o trânsito.
“Nova Raposo Não”
O governo do Estado de São Paulo fez diversas alterações no projeto da Nova Raposo desde a sua aprovação. Além da implementação de ciclovias, o projeto original sofreu mudanças quanto a construção de novas vias e viadutos.
As implementações são uma tentativa de resposta da Secretaria de Parcerias em Investimentos aos pedidos feitos pelos moradores, que têm reivindicado a suspensão da concessão por meio do movimento “Nova Raposo Não”. Segundo a pasta, o governo atendeu mais de 60% das reivindicações feitas durante as audiência púbicas realizadas em abril de 2024.
As principais mudanças são:
A “Nova Raposo” se tornou um objeto de discussão entre a secretaria e os moradores da região. Apesar das mudanças no projeto original, parte da população diz não estar satisfeita e pede a total suspensão da concessão. “A reivindicação principal não foi ouvida, porque a essência do projeto é errada. É um projeto rodoviarista, é um projeto que prioriza o automóvel”, explica Ernesto Maeda, organizador do “Nova Raposo Não”.
Segundo Maeda, as mudanças também não sinalizam uma resposta a aspectos considerados críticos para o movimento, que são a quantidade de moradores que terão suas casas desapropriadas e a área verde que será desmatada. O governo ainda não publicou um estudo de impacto da área, mas tem uma previsão que 300 mil m² serão desapropriados para a construção das marginais.
Maeda ainda questiona a forma em que os moradores foram ouvidos para as mudanças. Para ele, as audiências públicas, realizadas dias 15 de março e 16 de abril, ocorreram sem a devida divulgação e participação dos afetados. Ao serem surpreendidos com a publicação do primeiro edital, os moradores teriam se unido para criar o “Nova Raposo Não”, com mais de dez movimentos sociais e dezenas de pessoas da região. O movimento criou um abaixo assinado para barrar as mudanças na rodovia.
“Não adianta atender a demanda só de alguns, como os moradores do Alto Pinheiros. Na nossa leitura, os carros vão usar os trechos marginais para escapar do pedágio e essas vias vão lotar, afogando o trânsito dos bairros. Nós já vimos isso em outras situações. Isso não é uma solução”, critica.
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