Com exposições agendadas no exterior, Anna Bella Geiger relembra festas e críticas de Di Cavalcanti
Não há fronteiras claras entre o que é casa e o que é ateliê no apartamento de Anna Bella Geiger. A configuração soa coerente a uma artista acostumada a romper — e subverter — divisões geográficas. Tanto que a sua próxima exposição será no que o Ocidente costuma chamar de “o outro lado mundo”. Aos 87 anos, a carioca é a única brasileira entre os 16 nomes femininos da mostra “Another energy: power to continue challenging”, com abertura prevista para abril, no prestigiado Mori Art Museum, em Tóquio.
Logo depois de abrir as portas da cobertura na Rua Paissandu, no Flamengo, onde vive com o marido, o geógrafo Pedro Geiger, de 97 anos, ela liga dois ventiladores de teto e um de chão para amenizar o calor de uma manhã de janeiro. Anda para lá e para cá no espaço tomado por trabalhos prontos, esboços e achados garimpados pelo mundo e, a certa altura, diz: “Não sou incansável, mas estou descansada”.
Como fazer
O Senhor é a minha força e o meu escudo; nele o meu coração confia, e dele recebo ajuda.
(Salmos 28:7)
Bíblia Online